sábado, 26 de junho de 2010
Vejo
Vejo...
Vejo a água rasgando a terra.
Um pequeno córrego se avoluma,
Gotas fracionam-se em liberdade,
Outras evaporam felicidade.
É o choro contido que soluça.
Gargarejando em cantigas.
Um cheiro forte contamina o ar.
Sou livre grita e, força passagem.
Meus pés se avolumam no solo,
Enlameados buscam amparo,
Escorregam no êxtase da natureza.
La se vai...
Marcando seu domínio.
Chocando e contornando obstáculos,
Arrastando e levando pedras,
E outras tantas deixadas.
Busco lembranças e num todo;
Recordo dos momentos onde a terra
Era seu corpo.
Onde a água era o doce salgado do seu suor;
A minar cada vez mais forte.
Até o exato momento.
Do seu grito, gritante do prazer.
Sou livre! sou livre!
Você me fez mulher.
mochiaro
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