Rio nas altura por Nilo Lima

RIO CARNAVAL

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mudei!


Despeço-me
de um caminhar de ponta-de-pés
onde rastros pela metade
e marcas de muitas quedas
extirparam toda a doçura.

Às suas margens
deixo muito de mim!

Às minhas margens
trago muito deste caminhar...
lágrimas,
sorrisos,
amores e dissabores...
peças para compor um novo momento!

Mudei!
Metamorfose imposta!

Engavetados os sonhos
esquecidos os desejos
eis-me a beira de um caminho novo!

A realidade bate a porta...
nua, crua
e munida de avareza...castiga!
Astuta e exigente...aflora novos sentimentos
e semeia novos valores
impondo-me um novo "eu"
uma nova essência...
limpa,
verdadeira
...e vitoriosa!

Rosane Oliveira

2 comentários:

  1. Rio caminho que anda
    E vai navegando...

    Assim as margens contêm,
    o volume e limita seu espaço.
    Assim uma barreira se forma incontinente.
    Mas num tumulto que a natureza nos apronta,
    esse contento se desfaz e a invasão atua.
    Mas para fugir desse “tsunami”,
    procura-se afastar e proteger.
    Mas num toda a mente esta atuante
    E foge da realidade presente e cria o oposto
    Mas o “rio” caminha e leva as pedras do caminho
    Uma despedida... quem dera que fosse verdade.
    Uma mudança quem sabe da direção do rio
    Uma calcada petrificada para a posteridade
    Relembrar o que se podia e não fez.

    Marcas... sempre nos tatua a mente
    Quedas às vezes nos impedem de prosseguir
    Quedas às vezes nos livram do perigo iminente
    Mas quedas com marcas é um ferimento em dor.
    A mente nos machuca na hora da solidão
    Buscamos comparativos e soluções
    Vêm as lembranças do que foi.
    Vem a lembrança do que é.
    Tenta o equilíbrio nessa balança da vida;
    Uma explicação sem convencimento.
    E resta então uma mudança
    Mudei...!

    Levando os pertences ou deixando-os ficar
    Metamorfose...

    Mas o rio levou pedras e outras pedras ficaram
    E as que levaram vão se desgastando, atritando
    E, as que ficaram intatas, esquecidas, inertes
    Mas, ao Oceano um novo horizonte aponta
    E o Rio encontra novo habitat
    E... uma realidade surge
    Uma margem se agiganta na foz de sua liberdade
    E para cumprir novamente nova esperança
    Semeia e grita dentro de si,
    Um ronco uivado

    Sou livre dessa margem que me margeia
    Sou livre para escolher para onde ir
    Sou Eu e somente Eu

    A mente assim marcou
    E se sente livre... EMBORA DENTRO DE SI

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  2. Livre e prisioneira dos meus valores...snif

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