Rio nas altura por Nilo Lima

RIO CARNAVAL

domingo, 26 de setembro de 2010

Viajei


Viajei
Viajei e como viajei
No correr das curvas suaves
E em outras escondidas em atenção
A espera de surpresas.

A corrida se fez em primeira vez
Embora mentalizasse esse mapa
Do início ao fim.

Mas contornei todas as curvas
Deslizes e até no molhado de trechos
Direção Perigosa?
Que nada!
Cuidei-me e surfei numa brincadeira
Gostosa em repetições logo a seguir.

Não fui e sim fomos
Eu e Você
Nesse prazer de nós dois
Valente nessa estrada protegida
Por somente quatro paredes.

Paramos, olhamos em suores pingados
E marcamos logo em seguida
Nova viagem pra daqui a pouco.

E agora no escuro ao apagar as luzes.

mochiaro

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Liberdade


Liberdade

Na missa entre aspas o pregador que não entende de mulheres a não ser teoricamente falou:
-“Ser a mulher uma servidora e mantenedora do lar, por ser uma procriadora e no crescei e multiplicai, ela se faz presente”.


Discordo...
Sempre dei liberdade a mulher e o faço assim com prazer e orgulho.
Cabe a ela decidir o que fazer ou não fazer, de gostar e não gostar e não ficar algemada como algumas que sente prazer em ser domada e isso me faz comparar a um animal adestrado para agradar o dono nos prêmios ou vitórias conquistados.


Um animal, que seja o irracional, fica acostumado a obedecer ao dono por maus “tratos” e retribui em troca com lambidas aparente de satisfação e, quando fazemos agrados sinceros somos recebidos a mordidas ou coices.
Na maioria infelizmente temos muitas fêmeas que embora aparentemente apresentem liberdade vivem nisso que eu chamo de Prisão Condicional onde saem do casulo é controlada a distancia, trabalha em sustentação e volta depois à solitária de prisão onde falar não pode; gritar muito menos.


Parabéns a essas mulheres que tem o SINAL VERDE da liberdade e se equiparam em inteligência, tomada de decisão e coragem.
Gosto de relacionar com mulheres que tem essa mente liberta sem deixar a sua feminilidade ser atingida.


A cor do sinal pode variar do VERMELHO para o VERDE ou vice e versa
Pode ter um, AMARELO, intermediário de atenção e cuidados.
Mas nem sempre o VERDE nos dá uma certeza de que tudo esta livre.
Ao atravessá-lo um choque pode nos alcançar e a destruição acontecer.
Na vida isso ocorre quase sempre e por isso o AMARELO é uma advertência.


A mudança do VERMELHO para o VERDE diretamente acontece e muito; em quem possui a bipolaridade e não numa mudança natural tal como no camaleão.
Essa bipolaridade cria momentos de afirmação e confiança e, em minutos pode acontecer o oposto sem mais nem menos uma explicação.
Ficamos mudos e perplexos, mas sabemos que embora não se trata de uma doença inicial, não tem cura e nem os estudos psicanalistas sabem a origem delas.
Assim é difícil entender os pós e contra e a mulher que eu tanto adoro como um ser livre indispensável e desejado tem que medir e separar o tal joio do trigo, ao analisar o homem que lhe faz bem e é tido como errado do que lhe faz mal e é tido como certo.
Ao mostrar a luz da liberdade ao ser retirada das cavernas escura muitas voltam a origem, por essas incertezas, inseguranças ou bipolaridade

.
Mulheres desejo ver vocês livres para sentir o verdadeiro amor que em muitos de nós ainda existem com sinceridade, carinho e paixão.
Um beijo as princesas e rainhas o verdadeiro ser de nossa existência.

“Que o SINAL VERDE não fique totalmente apagado e nem num acende e apaga inconstante.”

mochiaro

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rabiscando a Vida


Rabiscando a vida

Um dia sem eu sentir.
Envolvi-me no ato de poetar,
Na busca serena de um acerto interior;
Numa explosão de valores enjaulados.
Na luta em fuga para a liberdade.

Num dia sem eu senti,
Deixei rolar esse sentimento .
Talvez novidade para quem foi,
Um afastado inteiramente da literatura em si.

Pergunto eu que liberdade é essa?
Que me prendeu tanto em algemas
E me coloca diante de um mundo em fantasia
Desespero, carências, prazeres ou simplesmente o vazio

Um rabisco, uma lembrança passada;
Cria uma aparente solução do insolúvel;
Mede prazeres impossíveis;
Relembra momentos em republicações.

Agrada alguns leitores;
Que se vêem em semelhança.
É analisado, contestado, comentado.
Mas, a si nada alterou.

Busca nos Deuses apoio em petições.
Busca na Alma o que não tem como definição.
Rasga em sangue a criar uma dor interior.
Se revolta em ativar sua incapacidade.


Tenta uma ligação entre a mente e o real.
Vai buscar na experiência um comparativo ;
Onde realmente está, o Final do contexto.

A forma ideal de obter soluções
É voltar as origens
E fazer do nada um tudo
Onde a poesia é um meio entre nada e tudo

Uma nova aventura


mochiaro

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Resposta ao Tempo


Resposta ao tempo

Há pouco tempo atrás,
eu parei o tempo disponível
para poder ler à tempo
do tempo que você falava.

E para não ocupar o tempo
falando sobre o tempo,
o tempo foi diminuído
nos escritos dos versos-tempo.

Na ânsia de estender o tempo
procurei dar mais tempo
de chegar ao final do tempo
da história que contava o tempo.

Busquei gravar o tempo
do tempo de que falavas
caprichosamente no papel;
para ler,
reler, enfim...
gastar ainda mais esse tempo.

E aja tempo...

O tempo foi se passando
e para eu saber,
quanto tempo o tempo ficava comigo,
marquei no calendário
o tempo que aqui o tempo chegou.

E sempre que posso leio o tempo.

Procuro sempre
manter a "chama" acessa
na esperança de revê-la,
o mais breve tempo.

E aja tempo...

Ontem, reli o tempo;
como faço quando tenho tempo.

E no final do tempo esperava
uma abertura no tempo.

Não há como uma espera no tempo;
que abra uma vaga no tempo,
pra preenchê-la "todinha"
com todo tempo que me dispor o tempo.

O seu, o meu, o nosso tempo
apenas começou

mochiaro

sábado, 11 de setembro de 2010

Em cima da prateleira...


Em cima da prateleira...

DIZIA ELA...

Em cima da prateleira TEM um remédio.
TEM um remédio em cima da prateleira

Cura saudades, solidão, dúvidas, carências.

Em cima da prateleira TEM um remédio
TEM um remédio em cima da prateleira.

DIZIA ELA...

Busco quando o vazio me tortura
Busco quando não tenho sua presença
Busco quando, nada tem a substituí-lo

Em cima da prateleira TEM um remédio
TEM um remédio em cima da prateleira.

Tomo as gotas maravilhosas
Nunca tive algo semelhante
Muito menos igual.

Em cima da prateleira TEM um remédio
TEM um remédio em cima da prateleira

Depois ao sentir esse alívio
Ele volta ao lugar de origem
Vou sim precisar dele novamente
Sou insegura, indecisa, dominada
No toque das feridas abertas.

Em cima da prateleira TEM um remédio
TEM um remédio em cima da prateleira.

Lá vou eu novamente, dizia ela:
pois sei que;
Em cima da prateleira TEM um remédio
TEM um remédio em cima da prateleira.

Sei que tenho nele a salvação
Mas ao pegá-lo ao ler na sua base

O prazo da validade venceu!

AGORA... DIGO EU...

Em cima da prateleira TINHA um remédio
TINHA um remédio em cima da prateleira.

mochiaro

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Partida?


Partida?

Tomei de uma chave e abri uma porta
E por dentro posicionei-a
Entrei e acometi de esperanças
Vivenciei momentos e fui a busca de soluções
Lutei contra barreiras e obstáculos
Senti verdades em pura sinceridade
Gostei e amei
Fui feliz em ver a felicidade acordar
Senti ausência a fortalecer presença
Dediquei a quem tanto merece
Mas o tempo esvai e a mente se choca
Não posso sentir-me cheio numa ausência
Não devo incomodar a quem precisa de silencio, meditação e decisões.
Faço-me calado.

Hoje a chave novamente coloco
Pelo lado de fora

Partida?


mochiaro