quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Agonia de um ser
A AGONIA DE UM SER
CHORA A MADRUGADA NO SERENO GRITANTE
CHORA OS RESTOS DA NOITE DEIXANDO MARCAS
MARCAS QUE SERÃO APAGADAS PELA LAVADA MANHÃ
ESCONDEM AS ALEGRIAS NO CHORAR DOS COPOS
LARGADOS, DIGITALIZADOS POR MÃOS EM FUGAS
CAÍDOS PELO CHÃO RESTO DE FUMAÇA
NA QUEIMA ANGUSTIANTE DE UM CIGARRO
SUGADO NERVOZAMENTE NUM RESTO DE SAUDADE
CADEIRA VAZIA, MESA ESQUECIDA,
RESTO DE MAIS UMA PASSAGEM
PELA VIDA SOLITÁRIA DE UM SER CARENTE
DE UMA ANGUSTIA MARCANTE, DE UM DESESÊSPERO INCONTIDO
DE MAIS UMA ESPERANÇA FERIDA EM AGONIA
O CAMINHAR SE PROCEDE
UM BALANÇAR DO CORPO, UM VAI E VEM DESORDENADO E INCERTO,
UMA VOLTA SEM SOLUÇÕES
UM SER QUE CAMINHA SEM DESTINO
A NOITE SE TORNA DIA
UMA NOVA NOITE SE APRONTA
UM NOVO LUGAR EM UMA MESA O ESPERA
MAIS COPOS SUADOS,
MAIS ESPERANÇAS REINTEGRADAS
MAIS UM ROLAR DE CANÇÕES
MAIS SENTIMENTOS MACHUCADOS
MAIS SOLIDÃO
MAIS SILÊNCIO
MAIS FUGA
MAIS ABANDONO
O OMBRO DE UM HOMEM SE DESCORTINA
PARA UMA MULHER CARENTE E SOLITÁRIA
MAS O MÊDO NELA SE APOSSA
E ESSE OMBRO É TOMADO POR QUEM MAIS NECESSITA.
mochiaro
O Retrato
Sem eu pedir,
um dia você
deu-me o seu retrato.
Segurei, olhei,
emoldurei e guardei.
Para que eu quero
o inanimado... imaginei;
se presente você estava;
se seu corpo eu tocava;
se seu desejo eu partilhava;
se seu calor eu sentia;
se suas carícias eu recebia.
Para que o inanimado,
pra que?
Vivíamos momentos;
momentos passavam;
juntos ficávamos;
juntos, juntos.
Um dia, você se foi,
rompendo-se um elo.
Senti a fraqueza do ser.
Percebi que a vida não tem fronteira.
Somos donos e,
não temos nada.
Somos tudo e,
tudo se faz vazio.
O tempo passou e,
num sopro da lembrança
busquei o seu retrato,
que por sorte da moldura
não fugiu seguindo os seus passos.
Olhei.
vivi momentos passados.
Toquei.
Não senti o calor de outrora.
Somente ficou a marca dos dedos,
na poeira dos tempos,
dos anos que se foram.
Cruzamos, quem sabe?
Olhamos, quem sabe?
Tantas e tantas vezes e
não nos conhecemos.
O retrato inanimado,
fixou-me na mente,
o que você foi.
A imagem presente
era o passado.
A realidade de fato não sei.
Acredito que pelo tempo,
pela textura do papel,
envelhecido e amarelado,
bem no fundo
você se escondeu.
mochiaro
O QUE SERIA DO "NÃO" SE NÃO HOUVESSE O "SIM"
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Passado? Presente? Futuro?
PASSADO? PRESENTE? FUTURO?
O que é? Ou o que foi o PASSADO ?
- será o tempo que passou...
O que o PRESENTE apresenta ?
- será uma dádiva ?, ou dom ?
- ou uma atualidade de uma ação...
E o FUTURO será o que será ?
- será o que há de ser ?
- o que há de vir ?
- ou uma ação a se realizar...
“Shakespeare - To be, or not to be: that is the question”
Volto a refletir sobre esses temas.
Volto no presente a reviver o passado.
Faço no presente uma imagem do futuro.
E como fazer presente o passado ?
Como fazer o futuro presente ?
Será possível saltar do passado para o futuro
sem ter os momentos presentes ?
Vivemos um presente em dúvidas...
Num balançar entre o certo e o errado...
Vivemos um presente montado em um passado representativo...
E procuramos um futuro igual ou melhor que o passado.
Eis a questão ?
Você vive em mim nesse presente / futuro.
Você monta em si um futuro / passado.
Você sente em mim um presente ativo,
a extinguir um passado gritante
Você vive em mim um futuro / presente
Onde busca a felicidade ocultada, sonegada, fustigada.
Você viu em mim uma verdade em carne e osso;
uma realidade em saber ser mulher;
em saber ser querida, adorada, respeitada, amada.
E o passado como fica ?
E o presente que se demonstra ?
E o futuro ?
Sim... E o futuro ?
Eis a questão ?
Melhor seria juntarmos
Passado = Presente = Futuro
E vivermos aconchegados,
sem medirmos tempo e espaço.
Eu para você
Você para mim.
mochiaro
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Exagêro
O EXAGERO
AO VER O MUNDO FERIDO EM DEGRADAÇÃO
AO VER A NATUREZA PURA E SAUDÁVEL,
NO ARTESANAL DO GRANDE MESTRE, EM CHAGAS.
AO VER OS PASSÁROS VOANDO EM LIBERDADE
ENVOLTO EM POLUIÇÃO.
AO VER UM SER, UMA CRIAÇÃO DIVINA,
UM EXEMPLO DE GOSTO E DESEJOS,
UMA PINTURA EM AGUADAS AQUARELAS,
O QUE NOS RESTOU DE MAIS BELO EM PURIFICAÇÃO,
RISCADA, DEFORMADA, DESAMADA.
EM SENTIR TUDO ISSO NA PUREZA DO SER,
VEJO UM EXAGERO EM ESCONDER O MAIS BELO
E EXPOR O MAIS FEIO EM APRESENTAÇÃO.
VOCE “MULHER” NÃO MERECE ESSA IMAGEM DEFORMADA,
EM TORTURAS RISCADAS, BORRADAS EM REVOLTA,
DE QUEM NÃO AMOU, NÃO AMA E NÃO AMARÁ NUNCA.
A MAIS BELA ESCULTURA DE DEUS.
EU ME OPONHO A ESSE EXAGERO E NEGO A POETAR
VENDO UMA IMAGEM AGRESSIVA A MAIS FLOR MAIS LINDA
PERFURMADA, ADORADA.
CALO-ME EM REVOLTA E ESPERO QUE A MULHER SEJA
DESENHADA, PINTADA, COLORIDA COMO DE FATO E REAL
DEVE SER
“NO MEU JARDIM VOU SEMPRE TER FLORES/ MULHERES ATIVANDO A PRESENÇA DOS BEIJA- FLORES”
mochiaro
sábado, 14 de novembro de 2009
Carrossel

Carrossel
chuva
choro da natureza
cai em gotas espaçadas
acumulado contenções
deslizando esperanças
a secura da terra
é molhada em suas entranhas
e o excesso de lagrimas
formam poças;
assim o nosso choro
procede-se na semelhança, na cópia
e transbordamos em rios
afluentes de saudades;
e uma saída nos oferece
tal qual um ralo em vazão.
e nessa luta em preferência
gira em torno de mim
esse pensamento rotativo
envolvente em sua imagem;
e nesse redemoinho
vejo-me sugado
para dentro de você
em carrossel de paixão.
mochiaro
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Hoje

HOJE...
HOJE CAVEI A TERRA SECA DA SAUDADE
HOJE RASGUEI EM COVAS PROFUNDAS SEM DESTINO
HOJE SUGUEI OS RESTOS DE HUMIDADE
QUE SE FAZIA PRESENTE NAS GOTAS DERRAMADAS
DE UM CHORO SALGADO, PINGADOS, DEIXADOS
NA ORIGEM DE SUA PARTIDA.
HOJE MATEI OS RESTOS EM GERMINAÇÃO
DE UMA FLORAÇÃO QUE RESTAVA
ARRANQUEI AS RAIZES QUE SE UNIAM EM ENTRELAÇOS
QUE NA SUA PRESENÇA PLANTAMOS.
POEIRAS SE ELEVAM NUM RODOPIAR DOS VENTOS
POLUEM O QUE MAIS PURO OUTRAS BRISAS TROUXERAM
ENVENENAMOS A NATUREZA QUE NOS FOI CORTÊS
ONDE O ORGULHO INFANTIL QUE VOCE RISCOU
MANCHOU O MAIS PURO DIÁLOGO .
IMPESTADO POR NÃO VIVERES DENTRO DE SI
A VERDADEIRA E CRUEL VERDADE
DE UM SER AO SER LIVRE ATINGIR A LIBERDADE
E COM ELA UMA FELICIDADE NO RESTANTE
DE UMA VIDA QUE SE ACLOMERA EM DESTRUIÇÃO.
HOJE MINHA MENTE VAGUEIA ENTRE AS MIGALHAS
ESFARINHADAS, PISOTEADAS
DE UM ANTES ALIMENTO SÁDIO E BEM QUISTO
LEVADOS MUITAS VEZES AO SEU SABOR
A MATAR A FOME DE SEU DESEJO
HOJE RESTA UM AVISO QUE ME APRONTA
AO VER EM ARRASTO POR ENTRE AS PRESENÇAS,
UMA TOTAL E TORTURANTE SOLIDÃO, AUSÊNCIA E INSEGURANÇA,
A MARCAR-TE RISCANDO NO TEMPO UM FUTURO
QUE EU JAMAIS DESEJARIA QUE ATINGISSE
MAS A PURA REALIDADE É PLANTADA E À COLHER
A FLOR QUE RESTAR, SENTIRÁ A AUSÊNCIA
ESSÊNCIA DO PERFUME QUE UM DIA MARCOU SUA VIDA.
mochiaro
HOJE CAVEI A TERRA SECA DA SAUDADE
HOJE RASGUEI EM COVAS PROFUNDAS SEM DESTINO
HOJE SUGUEI OS RESTOS DE HUMIDADE
QUE SE FAZIA PRESENTE NAS GOTAS DERRAMADAS
DE UM CHORO SALGADO, PINGADOS, DEIXADOS
NA ORIGEM DE SUA PARTIDA.
HOJE MATEI OS RESTOS EM GERMINAÇÃO
DE UMA FLORAÇÃO QUE RESTAVA
ARRANQUEI AS RAIZES QUE SE UNIAM EM ENTRELAÇOS
QUE NA SUA PRESENÇA PLANTAMOS.
POEIRAS SE ELEVAM NUM RODOPIAR DOS VENTOS
POLUEM O QUE MAIS PURO OUTRAS BRISAS TROUXERAM
ENVENENAMOS A NATUREZA QUE NOS FOI CORTÊS
ONDE O ORGULHO INFANTIL QUE VOCE RISCOU
MANCHOU O MAIS PURO DIÁLOGO .
IMPESTADO POR NÃO VIVERES DENTRO DE SI
A VERDADEIRA E CRUEL VERDADE
DE UM SER AO SER LIVRE ATINGIR A LIBERDADE
E COM ELA UMA FELICIDADE NO RESTANTE
DE UMA VIDA QUE SE ACLOMERA EM DESTRUIÇÃO.
HOJE MINHA MENTE VAGUEIA ENTRE AS MIGALHAS
ESFARINHADAS, PISOTEADAS
DE UM ANTES ALIMENTO SÁDIO E BEM QUISTO
LEVADOS MUITAS VEZES AO SEU SABOR
A MATAR A FOME DE SEU DESEJO
HOJE RESTA UM AVISO QUE ME APRONTA
AO VER EM ARRASTO POR ENTRE AS PRESENÇAS,
UMA TOTAL E TORTURANTE SOLIDÃO, AUSÊNCIA E INSEGURANÇA,
A MARCAR-TE RISCANDO NO TEMPO UM FUTURO
QUE EU JAMAIS DESEJARIA QUE ATINGISSE
MAS A PURA REALIDADE É PLANTADA E À COLHER
A FLOR QUE RESTAR, SENTIRÁ A AUSÊNCIA
ESSÊNCIA DO PERFUME QUE UM DIA MARCOU SUA VIDA.
mochiaro
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Saudade

Saudade
Envolvi meu corpo
Num abraço de próprios braços
Tentando sentir o seu calor
Tentando sentir seu corpo Junto ao meu,
Como antes!
Fechei os olhos
As lágrimas escorreram
Enquanto você dizia o seu amor
Num sussurrar de pensamentos
Que me tomaram neste momento!
Gritei,
Mas a voz não saiu,
Ninguém foi capaz de ouvir
A aflição que vinha em minh’alma
Que dor é essa, que abre caminhos
No corpo e na alma,
Não obedece ordens
E se apodera dos sorrisos?
Que dor é essa, tão profunda que emudece
Tão escura que cega os olhos no brotar das lagrimas?
Que dor é essa, que sangra tanto
E ninguém vê?
Que rouba o paladar, que apaga as esperanças
Que sussurra ameaças de morte
Acorda as lembranças pra que doa ainda mais?
Que dor é essa, que de febre deliro
Que me rouba o ar e eu sufoco
Sem sequer gritar?
Que dor é essa, que esfola o carne
Que tortura a alma
Até você voltar?
Que dor é essa que só ameniza com beijos
Com toque de pele, com olho no olho
E mil promessas de amar?
Que dor é essa?
Envolvi meu corpo
Num abraço de próprios braços
Tentando sentir o seu calor
Tentando sentir seu corpo Junto ao meu,
Como antes!
Fechei os olhos
As lágrimas escorreram
Enquanto você dizia o seu amor
Num sussurrar de pensamentos
Que me tomaram neste momento!
Gritei,
Mas a voz não saiu,
Ninguém foi capaz de ouvir
A aflição que vinha em minh’alma
Que dor é essa, que abre caminhos
No corpo e na alma,
Não obedece ordens
E se apodera dos sorrisos?
Que dor é essa, tão profunda que emudece
Tão escura que cega os olhos no brotar das lagrimas?
Que dor é essa, que sangra tanto
E ninguém vê?
Que rouba o paladar, que apaga as esperanças
Que sussurra ameaças de morte
Acorda as lembranças pra que doa ainda mais?
Que dor é essa, que de febre deliro
Que me rouba o ar e eu sufoco
Sem sequer gritar?
Que dor é essa, que esfola o carne
Que tortura a alma
Até você voltar?
Que dor é essa que só ameniza com beijos
Com toque de pele, com olho no olho
E mil promessas de amar?
Que dor é essa?
Rosane Oliveira
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Dócil acalanto

Em uma permissão concedida,
num acalanto dócil e meloso,
em poros dilatados
em viagem na mudez das palavras.
Emergindo meus desejos,
em ondas surfantes,
no ar quente exalado em vibrações.
Nesse salivar em salgados deslizes
arquejante em descompassada taquicardia,
em gotas a gotas suplicantes,
num momento de prazer em versos penetrantes
ao esfregar minha mão em pintura de aquarela.
Envolvendo-se em meditações profunda,
ao acordá-la em toques carinhosos,
nessa aconchegante interrogação
ao seqüestrar seu sentimento.
Tomo o comando desse barco,
no balanço das ondas que em seu corpo navega
beijado na aragem em troca de calores,
beijado na aragem em troca de calores,
esculturada com cinzel em delicados cortes
a sangrar desejos de um presente ativo.
E de um passado esquecido
mochiaro
mochiaro
sábado, 17 de outubro de 2009
Alzheimer
Alzheimer
Imóvel
sobre o leito
inerte
aos apelos da carne
sequer reconhece a dor
nem lágrimas
nem sorrisos
nenhum sentir lhe aflora
apenas o ir e vir
sem "pra onde"
ansiedade lhe devor
aos caminhos desconhece
E você quem é?
nenhuma toca é sua óca
tudo
é ainda insuficiente
é o Alzheimer
a destruir o "presente"
na lucidez extinta
na lucidez extinta
apagam-se as luzes
uma a uma
e no virar da madrugada
resta um corpo
de alma ausente
ainda vivo
sem "passado" e sem "presente"
Rosane Oliveira
domingo, 11 de outubro de 2009
Carinhosamente
Carinhosamente ao tocar-te na tez
deixando- te querer assim
nesse aquecimento gradativo
em sonhos de menina.
Acolhida em sua luminosidade
nesse ninar em meus braços
no despertar do teu coração
acolhida em meu ninho
.
Em calores antecipados
em perdidos momentos
num toque só meu.
Afogando no desejo da paixão.
‘“senti minha vida
sorrirem milhares de sonhos
esse amor
tão bonito
não pode acabar”
mochiaro
deixando- te querer assim
nesse aquecimento gradativo
em sonhos de menina.
Acolhida em sua luminosidade
nesse ninar em meus braços
no despertar do teu coração
acolhida em meu ninho
.
Em calores antecipados
em perdidos momentos
num toque só meu.
Afogando no desejo da paixão.
‘“senti minha vida
sorrirem milhares de sonhos
esse amor
tão bonito
não pode acabar”
mochiaro
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Placebo

Verte nos orifícios
O vazio
Flui junto ao vermelho
Bolhas de "nada"
Trombos de dor abrem passagem
Entre as bolhas naufragadas
Exala
o inodoro
sabor insípido
de um grito mudo
em ecos desconexos
a luz fosca
o céu encoberto
a ausência da lua
comungam desta "pane"
Eis-me aqui
Inerte a vida
Embebida na essência amarga
Do instante
Que me rouba o sorriso!
Rosane Oliveira
O vazio
Flui junto ao vermelho
Bolhas de "nada"
Trombos de dor abrem passagem
Entre as bolhas naufragadas
Exala
o inodoro
sabor insípido
de um grito mudo
em ecos desconexos
a luz fosca
o céu encoberto
a ausência da lua
comungam desta "pane"
Eis-me aqui
Inerte a vida
Embebida na essência amarga
Do instante
Que me rouba o sorriso!
Rosane Oliveira
domingo, 4 de outubro de 2009
Aliviada
Tecelã

Tecelã
No tear do pensamento,
Teço as teias que te envolvem,
E as minhas esperanças;
No breu da noite,
Desfio meus medos e inseguranças;
Teias que se desfazem
No melado de um aconchego;
No fiar do fio mais brilhante,
Ganho asas,
E sobrevôo o horizonte,
Debruço sobre os sonhos,
E adormeço...
No tecer do azul dos olhos!
Rosane Oliveira
No tear do pensamento,
Teço as teias que te envolvem,
E as minhas esperanças;
No breu da noite,
Desfio meus medos e inseguranças;
Teias que se desfazem
No melado de um aconchego;
No fiar do fio mais brilhante,
Ganho asas,
E sobrevôo o horizonte,
Debruço sobre os sonhos,
E adormeço...
No tecer do azul dos olhos!
Rosane Oliveira
Travestida

Travestida
Não, não sou...
Não sou o que eu queria ser!
Rastejo quando quero voar,
Choro quando quero sorrir,
Naufrago,
E nem tento submergir!
Não estou onde queria estar,
Fico aqui...
Mergulhada nos meus lamentos,
Quando nos teus braços
Eu desejo naufragar.
Viajo nas minhas lembranças
E tudo o que quero,
É beijar, beijar...
E morrer de te amar!
Sorrio entre as lágrimas
Que teimam rolar,
Deixo a saudade me inundar,
Guio-me pelo brilho do teu olhar!
Que covarde sou eu,
Que não luto pelo amor teu?
Aceito passivamente os obstáculos,
As algemas de um amor tirano,
Que se acabou,
Mas ainda me mantém em dormência.
Que covarde eu sou,
Que aceito ser infeliz?
Acumulo cicatriz,
E tudo apago e refaço,
Como se a vida,
Fosse uma lousa escrita em giz!
E o amor que eu sinto não me cabe,
À distância me faz vil,
A dor não expurga nas lágrimas,
E o tempo se esvai...
A saudade me consome,
A insônia se apodera,
Nem percebo a primavera,
E cadê o meu amor?
Meu horizonte é só um fio
Delgado, frágil...quase invisível!
Tal qual a liberdade,
Pela qual não brigo,
E o reflexo que já nem vejo...
Tal qual o amor que escondo em mim,
Junto das sombras
E das flores de jasmim...
Como se ele fosse pecado,
Um caminho desviado,
Sentimento desvairado,
Um fruto inseminado,
E precisasse ser sepultado!
E o conflito aflora,
Verte nos poros,
As lágrimas rolam,
Os sorrisos saltam,
Os olhos brilham,
E eu transbordo amor...
Me afogo em dor,
Me embriago de saudade,
Me privo das vontades,
Me escondo da verdade...
E lá no fundo,
No mais profundo...
Veste “luto” o meu amor!
Rosane Oliveira
Não, não sou...
Não sou o que eu queria ser!
Rastejo quando quero voar,
Choro quando quero sorrir,
Naufrago,
E nem tento submergir!
Não estou onde queria estar,
Fico aqui...
Mergulhada nos meus lamentos,
Quando nos teus braços
Eu desejo naufragar.
Viajo nas minhas lembranças
E tudo o que quero,
É beijar, beijar...
E morrer de te amar!
Sorrio entre as lágrimas
Que teimam rolar,
Deixo a saudade me inundar,
Guio-me pelo brilho do teu olhar!
Que covarde sou eu,
Que não luto pelo amor teu?
Aceito passivamente os obstáculos,
As algemas de um amor tirano,
Que se acabou,
Mas ainda me mantém em dormência.
Que covarde eu sou,
Que aceito ser infeliz?
Acumulo cicatriz,
E tudo apago e refaço,
Como se a vida,
Fosse uma lousa escrita em giz!
E o amor que eu sinto não me cabe,
À distância me faz vil,
A dor não expurga nas lágrimas,
E o tempo se esvai...
A saudade me consome,
A insônia se apodera,
Nem percebo a primavera,
E cadê o meu amor?
Meu horizonte é só um fio
Delgado, frágil...quase invisível!
Tal qual a liberdade,
Pela qual não brigo,
E o reflexo que já nem vejo...
Tal qual o amor que escondo em mim,
Junto das sombras
E das flores de jasmim...
Como se ele fosse pecado,
Um caminho desviado,
Sentimento desvairado,
Um fruto inseminado,
E precisasse ser sepultado!
E o conflito aflora,
Verte nos poros,
As lágrimas rolam,
Os sorrisos saltam,
Os olhos brilham,
E eu transbordo amor...
Me afogo em dor,
Me embriago de saudade,
Me privo das vontades,
Me escondo da verdade...
E lá no fundo,
No mais profundo...
Veste “luto” o meu amor!
Rosane Oliveira
Eu Fui...

Eu fui...
Levado por um vento
Que num repente açoitou-me
Amargamente arrastando-me
Sem destino.
E esse vento tirou-me um sentido
O do olfato me cerceando o direito
De sentir o perfume das flores
O néctar expelido por elas
Direcionando-as em outra direção...
Como eu vou me guiar?
Se perdido estou e não pressinto
Onde você se encontra...
Como vou me posicionar?
Se apalpo e não te toco?
Se procuro e não te acho?
Vou me rebater contra esse vento
Vou me desviar e enfrentar sua ação
Vou reagir e furar esse contento
Mas vou chegar até você
Queira a natureza ou não...
Vou me agarrar em seu corpo
Vou me enraizar em seu solo
Vou me alimentar de seu sustento...
E assim, protegido
Vou esperar a calmaria
E me acolher de novo junto a você!
mochiaro
mochiaro
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Vielas da vida

Ao beirar por entre as vielas da vida,
Deparo-me sempre com obstáculos
E caminhos marcados; sulcos de pisares anteriores,
Em tanto de passos dados,
E nem sempre retilíneos, ou sinuosos.
Ao passar sempre diante da mesma janela
Paro e me retenho ao ver uma luz em sombras,
A marcar na cortina no balançar do vento,
Uma imagem que não a sua.
Pausadamente vou marcando os dias a chegar
Nessa esperança contínua de fé
Em que em corpos e calores
Nossa união se fará presente.
Dizes e afirma que és minha
Pois sinto no expressar de suas verdades
Um todo de desejos e vontades
Ao me ler, ver e ouvir-me
No que somos e ainda buscamos ser
Sigo-me na luz da lua a guiar-me
E um grito explodido dentro de mim
Abafa-me, sufoca-me
Nessa ânsia de tocá-la
Em suores deslizantes de prazeres.
Deparo-me sempre com obstáculos
E caminhos marcados; sulcos de pisares anteriores,
Em tanto de passos dados,
E nem sempre retilíneos, ou sinuosos.
Ao passar sempre diante da mesma janela
Paro e me retenho ao ver uma luz em sombras,
A marcar na cortina no balançar do vento,
Uma imagem que não a sua.
Pausadamente vou marcando os dias a chegar
Nessa esperança contínua de fé
Em que em corpos e calores
Nossa união se fará presente.
Dizes e afirma que és minha
Pois sinto no expressar de suas verdades
Um todo de desejos e vontades
Ao me ler, ver e ouvir-me
No que somos e ainda buscamos ser
Sigo-me na luz da lua a guiar-me
E um grito explodido dentro de mim
Abafa-me, sufoca-me
Nessa ânsia de tocá-la
Em suores deslizantes de prazeres.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Vazio // Dormente

Dueto Marilância versos de Mochiaro
O VAZIO// DORMENTE
O vazio // Entre claros e escuros
Como definir um vazio// Indevassável
Onde nada existe.// Lacunas somente
Ao colocarmos motivos// Inexistentes
O vazio se torna cheio.// Engole acasos
E o vazio deixa de existir.//Inusitado, solene
Se antes em um vazio// Misterioso
Criou se o universo.//Soberbo de magia
Se antes de um interior vazio materno// Arte de dentro pra fora
Germinou um ser.// Ardendo o calor da vida
Se antes o cheio se tornou vazio// Não adianta fechar os olhos
Ao apagarmos tudo// A noite com seu escuro manto
Mas a nossa vida se cobre de cheios// Revelando mistérios
E no silêncio vazio// Ritual cotidiano
Encontramos o vazio da presença// Fugindo em desespero
Assim me ponho nesse vazio// Em torno de algo
Onde busco a verdade// Interagindo delicado
A se fazer cheio com momentos inspirados// Em cânticos de promessas
Mas a inspiração não é real.// Fictícia, enganadora
Assim me vejo vazio// Distante, alquebrado
Na ausência que me fazes// Na incessante procura
Nesse cheio /vazio// Pela brisa espalhados
Que o quarto apresenta// Murmurante, solitário
Vou partir para a existência da verdade// Seguindo rastros
Vou esvaziar tudo// Entornar emoções
E esperar você chegar// Ansioso, tremulante
Para encher com sua presença// Quedando-me em esperanças
O vazio que em meu ser se faz.// Insistente, compulsivo
E assim// Pela eternidade
Viveremos vazios// Sob as madrugadas sonolentas
Criando espaços sem fim// A ouvir coros da vida
Para termos sempre cheios// O escaninho da memória
De felicidade, amor e paixão// Em sonhos infindáveis
mochiaro e marilândia
O vazio // Entre claros e escuros
Como definir um vazio// Indevassável
Onde nada existe.// Lacunas somente
Ao colocarmos motivos// Inexistentes
O vazio se torna cheio.// Engole acasos
E o vazio deixa de existir.//Inusitado, solene
Se antes em um vazio// Misterioso
Criou se o universo.//Soberbo de magia
Se antes de um interior vazio materno// Arte de dentro pra fora
Germinou um ser.// Ardendo o calor da vida
Se antes o cheio se tornou vazio// Não adianta fechar os olhos
Ao apagarmos tudo// A noite com seu escuro manto
Mas a nossa vida se cobre de cheios// Revelando mistérios
E no silêncio vazio// Ritual cotidiano
Encontramos o vazio da presença// Fugindo em desespero
Assim me ponho nesse vazio// Em torno de algo
Onde busco a verdade// Interagindo delicado
A se fazer cheio com momentos inspirados// Em cânticos de promessas
Mas a inspiração não é real.// Fictícia, enganadora
Assim me vejo vazio// Distante, alquebrado
Na ausência que me fazes// Na incessante procura
Nesse cheio /vazio// Pela brisa espalhados
Que o quarto apresenta// Murmurante, solitário
Vou partir para a existência da verdade// Seguindo rastros
Vou esvaziar tudo// Entornar emoções
E esperar você chegar// Ansioso, tremulante
Para encher com sua presença// Quedando-me em esperanças
O vazio que em meu ser se faz.// Insistente, compulsivo
E assim// Pela eternidade
Viveremos vazios// Sob as madrugadas sonolentas
Criando espaços sem fim// A ouvir coros da vida
Para termos sempre cheios// O escaninho da memória
De felicidade, amor e paixão// Em sonhos infindáveis
mochiaro e marilândia
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Livros esquecidos
Livros esquecidos
Livros esquecidos nas prateleiras
Outrora estiveram em prioridade
Livros esquecidos nas prateleiras
Páginas que se amarelam
Contos, estórias intactas
Ficam em decoração empoeirados
Mas quem faz um chamamento
Envolvem-se em seus escritos
E em muitos se tornam personagem emprestados
Vivem momentos em transparências
Tomam lugares dos personagens
Mudam o sentido do tema
Afastam por vezes da leitura
E, tornam se um segundo autor
As páginas são revertidas
As frases são sublinhadas
E um livro paralelo se cria
Em anotações pessoais
O bom de uma leitura é a interpretação
O diálogo em par ou em grupo
Tal como se fazem ou fazia grupos em literatura
Lembro-me bem do livro “o velho e o mar”
De Ernest Hemingway
Que retrata bem a luta por um objetivo
O prazer da posse
E a perda gradativa da conquista
E a chegada em um nada, na origem da partida
Somos páginas folheadas
No “livro da vida”
Somos estórias,
Criamos fantasias,
Envolvemos em personagens,
Somos presença,
Somos ausentes
Somos esquecidos.
E no passar do tempo
Colocados em “estantes”
Aguardamos um alguém
A tocar-nos digitalizando seus dedos
E voltamos a ser um “livro”
Em folhas de recordações.
mochiaro
terça-feira, 22 de setembro de 2009
O que é poesia
O que é a poesia?
Arte de fazer versos?
Estado comovido de alma?
Inspiração?
O que é a poesia?
uma fuga do interior;
uma montagem de fantasias;
um ser a sentir o nunca sentido;
um ser vivenciando momentos futuros;
um ser gritando alegrias;
um ser encobrindo verdades presentes;
angústia;
decepção;
tristeza...?
Poesia
Um choro de lágrimas secas;
Um silêncio;
Uma solidão.
No jôgo da vida
No confronto de alegrias e tristezas
Num estádio cheio de esperanças
Uns saem felizes
Outros choram derrotas
E nesse jogo
Sempre o vencedor é a tristeza
Mas eu busco nos resíduos
Dessa batalha
O pouco das sobras alegres
Na recordação dos momentos felizes
Em que eu e você
Degustamos
mochiaro
terça-feira, 15 de setembro de 2009
O vazio

O vazio
Como definir um vazio
Onde nada existe.
Ao colocarmos motivos
O vazio se torna cheio.
E o vazio deixa de existir.Se antes em um vazio
Criou se o universo.
Se antes de um interior vazio materno
Germinou um ser.
Se antes o cheio se tornou vazio
Ao apagarmos tudo
Mas a nossa vida se cobre de cheios
E no silêncio vazio
Encontramos o vazio da presença
Assim me ponho nesse vazioOnde busco a verdade
A se fazer cheio com momentos inspirados
Mas a inspiração não é real.
Assim me vejo vazio
Na ausência que me fazes
Nesse cheio /vazio
Que o quarto apresenta
Vou partir para a existência da verdade
Vou esvaziar tudo
E esperar você chegar
Para encher com sua presença
O vazio que em meu ser se faz.
E assim
Viveremos vazios
Criando espaços sem fim
Para termos sempre cheios
De felicidade, amor e paixão
mochiaro
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
VAMOS FAZER AS CONTAS

VAMOS FAZER AS CONTAS
Em um teclar na contagem dos tempos
Há somas e débitos
Vantagens e desvantagens
Num somatório em créditos
E nos vermelhos em cobranças
É correr de gastos em ansiedades de posse
É empréstimos á gastar em luxúrias
São registros na fila dos inadimplentes
E ficar marcados em desespero em listagens negativas
Sua caixa vazia um dia se encheu
Quando alguém depositou valores
E lhe fez ver que alma em verdades acreditou
Em lhe fazer não rica em moedas correntes
E sim milionária, orgulhosa e ostentosa
Em atenção, valorização, conhecimento, preocupações.
Foi uma dedicação jamais existente
Foi uma corrida ao Banco da Esperança
Foi uma puxada no Extrato em saldo crescente
Foi um pagamento gratificante do Imposto da Felicidade.
E num dia ao pensar que tinha posse de tudo:
O ORGULHO
O RANCORISMO
O EGOISMO
A INEXPERIÊNCIA
A RENITÊNCIA
A INSEGURANÇA
Fez preencher o cheque nominativo e cruzado
Se fez vazia e pobre
Sem ter quem antes depositava
Valores, valores, valores...
“A falta de ser “humilde” leva a derrota após ter alcançado a riqueza de alma e, o sofrimento em depressão é contínuo e torturante”
mochiaro
Em um teclar na contagem dos tempos
Há somas e débitos
Vantagens e desvantagens
Num somatório em créditos
E nos vermelhos em cobranças
É correr de gastos em ansiedades de posse
É empréstimos á gastar em luxúrias
São registros na fila dos inadimplentes
E ficar marcados em desespero em listagens negativas
Sua caixa vazia um dia se encheu
Quando alguém depositou valores
E lhe fez ver que alma em verdades acreditou
Em lhe fazer não rica em moedas correntes
E sim milionária, orgulhosa e ostentosa
Em atenção, valorização, conhecimento, preocupações.
Foi uma dedicação jamais existente
Foi uma corrida ao Banco da Esperança
Foi uma puxada no Extrato em saldo crescente
Foi um pagamento gratificante do Imposto da Felicidade.
E num dia ao pensar que tinha posse de tudo:
O ORGULHO
O RANCORISMO
O EGOISMO
A INEXPERIÊNCIA
A RENITÊNCIA
A INSEGURANÇA
Fez preencher o cheque nominativo e cruzado
Se fez vazia e pobre
Sem ter quem antes depositava
Valores, valores, valores...
“A falta de ser “humilde” leva a derrota após ter alcançado a riqueza de alma e, o sofrimento em depressão é contínuo e torturante”
mochiaro
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Cartas
CARTAS...
Onde guardamos escritos que marcam e ficam até o desgaste natural do tempo
São escritos e palavras que traduzem não tanto o que a mente formata.
Às vezes, embargamos em dificuldades para traduzir em palavras o que de fato pensamos.
Embolando em letras e rabiscos e na formação da frase não encontramos o que de fato queríamos.
Mas, uma carta é enviada e ela percorre em silêncio no meio de outras mensagens em pacotes fechados amarrados.
Voam nas nuvens, enfrentam tormentas e pousam em uma aterrizagem perfeita e feliz.
São novamente misturadas umas nas outras e separadas em pacotes conforme sua direção, seu endereço.
E chega ansiosa para ser libertada do envelope e ser tocada pelas mãos em espera.
Em espera, em termos, pois chegou em surpresa e sem aviso prévio.
Nas letras grifadas reconhece quem a enviou e no perfume exalado define quem de fato se presenciou.
Uma carta, uma chegada, um toque, um sentimento.
Assim essa carta começa e outra se comporá em uma seqüência de afirmações e presença.
Uma carta, um meio de comunicação de forma artesanal que ainda persiste diante do avanço em meios de comunicação.
Uma espera no tempo se faz e a satisfação em tê-la em mãos na entrega.
“Quando o carteiro chegou e seu nome gritou com uma carta na mão....”
mochiaro
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Um rabisco, um desenho
Um rabisco, um desenho
Fundo branco
Imagem desenhada
Folhas marcantes em cores
Presença vazia
Em tudo lembra uma construção
Em tudo lembra uma marca
Pode ser até nos rabisco infantil
Mas é uma afirmação
Assim nossa vida se faz na origem
Nos primeiros traços
Representativos ou não
Mas verdadeiro em nosso desejo
Na simplicidade de um ato demonstramos
Sinceridade, respeito, admiração, afirmação
Em uma simples imagem ou desenho
Quem recebe, abre e lê
Quem recebe abre e sente
Quem recebe sabe o quanto esse ato representa
Um toque de criança no melhor quadro da vida
Um toque infantil e amado
Um toque marcante para relembrar
O quanto esse ato acode
Ao colar junto à carta que hoje
Você escreveu-me
“beijei o papel, sujei suas letras, senti o gosto de suas digitais nessa agonia que sua ausência me faz”
mochiaro
domingo, 30 de agosto de 2009
Perdição

Perdição
.
Que cheiro é esse que me entorpece?
Cheiro de fruto maduro
Que eriça meus pelos
E me estremece.
.
Que cheiro é esse que adoça a boca?
Atiça desejos
Provoca latejos
E me deixa louca.
.
Que cheiro é esse
Que me atiça na noite
No dia me assanha
Me convence e me ganha,
Feito um delicioso vicio,
Me rendo aos caprichos
Assim...feito bicho!
.
É cheiro de gato,
De lobo no cio,
É cheiro de macho,
De menino vadio,
E lá se vai meu juízo...
Na correnteza do rio!
.
Rosane Oliveira
.
Que cheiro é esse que me entorpece?
Cheiro de fruto maduro
Que eriça meus pelos
E me estremece.
.
Que cheiro é esse que adoça a boca?
Atiça desejos
Provoca latejos
E me deixa louca.
.
Que cheiro é esse
Que me atiça na noite
No dia me assanha
Me convence e me ganha,
Feito um delicioso vicio,
Me rendo aos caprichos
Assim...feito bicho!
.
É cheiro de gato,
De lobo no cio,
É cheiro de macho,
De menino vadio,
E lá se vai meu juízo...
Na correnteza do rio!
.
Rosane Oliveira
sábado, 29 de agosto de 2009
Olhando além do meu reflexo

Olhando além do meu reflexo
Sinto-me estranha.Há em mim uma insatisfação imensa e muitas lacunas apareceram ultimamente.
Sinto que o meu tempo se esvai... parece-me que não há mais tempo.
Preciso ficar só com meus devaneios. Preciso da companhia de mim mesma e procuro achar o que me aflige e me entristece.
Sinto uma vontade imensa de correr.
Correr atrás de algo que não sei ao certo o que é e nem onde encontrar.
Não quero chorar, mas minha tristeza é visível em meu olhar!
Bom, vou sair. Vou ficar comigo mesma e tentar entender esse momento.
Adentro o ônibus e observo logo um banco vazio.
Lá estava um senhor, já de bastante idade, com dois livros entre as mãos e concentrado na leitura de um deles.
- Com licença? Precisei despertá-lo da leitura para que pudesse sentar-me no banco a sua frente.
- Claro, me desculpe! Assim me respondeu ele.
-Estava tão concentrado no final desta leitura que distraí-me.
- O que o senhor lê? Perguntei curiosa.
O título do livro era: E agora?
- Eu leio muito. Passo noites e noites lendo, preenchendo a minha insônia. E sempre leio dois livros, um pra mim e um pra minha esposa.
Instantaneamente imaginei, porque motivo ele leria para a esposa.
E logo ele completou a interrogação do meu pensamento.
- Minha esposa é cega. Eu leio pra ela sempre, até que ela adormeça.
Depois que ela dorme eu leio pra mim, e muitas noites amanheço na leitura.
Fiquei ouvindo o relato daquele senhor e imaginando que linda era a cena, dele à beira da cama lendo para a esposa cega.
Não pude deixar de observar a simplicidade daquele senhor agarrado aos seus livros.
Parecia um homem simples, suas roupas mostravam que era de origem humilde.
A calça estava manchada, a camisa faltava um botão; chinelos nos pés e os dois livros nas mãos.
Quanto carinho tinha pela leitura e quanto amor tinha pela esposa cega.
Mas... voltando ao começo deste devaneio, quando eu entrei no ônibus...
qual era mesmo o meu problema?
Rosane Oliveira
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Nostalgia

Nostalgia
Só mais um querer
Largado ao léu... no anoitecer
Só mais um sonho
Esquecido ao amanhecer!
Desejo amputado
Asa cortada
E outro vôo interrompido...
Apenas mais um suicídio!
A nostalgia aflora no vazio de nós
Normal?
Será normal, incisar os sonhos
Como se fossem pétalas
Arrancadas uma a uma
Como numa brincadeira de “bem me quer”?
Ao anular dos desejos
Desfolhamos a alma em viva carne
Auto- ferimento sem qualquer anestésico
E ao coagular do sangramento
A cicatriz...
Tatuagem natural
Dos tantos suicídios diários!
Rosane Oliveira
Só mais um querer
Largado ao léu... no anoitecer
Só mais um sonho
Esquecido ao amanhecer!
Desejo amputado
Asa cortada
E outro vôo interrompido...
Apenas mais um suicídio!
A nostalgia aflora no vazio de nós
Normal?
Será normal, incisar os sonhos
Como se fossem pétalas
Arrancadas uma a uma
Como numa brincadeira de “bem me quer”?
Ao anular dos desejos
Desfolhamos a alma em viva carne
Auto- ferimento sem qualquer anestésico
E ao coagular do sangramento
A cicatriz...
Tatuagem natural
Dos tantos suicídios diários!
Rosane Oliveira
sábado, 18 de julho de 2009

Fuga para o encontro
Percebo-te partindo...
Antes mesmo de haver chegado,
Mudando o seu caminho
Em passos descompassados...
Percebo-te indo embora,
Antes mesmo de ter voltado!
Tentas resistir,
Ao que já está incorporado;
E fugir,
Do que te mantém aprisionado.
Tentas esconder,
O que nos olhos teus, está escancarado;
Submergir deste mar que estás mergulhado;
E sequer percebes que estás ancorado!
Inútil querer separar
O que está homogeneamente misturado.
Ou ignorar a felicidade
De estar completamente apaixonado!
Fechar os olhos à doçura deste pecado,
E punir-se temendo não ser perdoado!
Inútil querer acordar
De um sonho já começado
Ou desistir de um caminho que já foi traçado!
Rosane Oliveira
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Confusos versos

Confusos versos
Porque te espero, se já não te amo?
Sinto apenas ainda,
O seu gosto em minha boca,
O seu cheiro em minha pele,
E ouço sua voz a dizer-me ...linda!
Mas não te amo mais!
Sinto apenas uma dor,
Que parece ser saudade,
Sinto um sabor pela metade,
Um sorriso sem calor...
Mas acabou o meu amor!
Minhas pernas ainda tremem
Quando o telefone toca...
Teus sorrisos ainda poluem meus sonhos,
E não sei mais fazer amor...
Mas não te amo mais!
Apenas os meus olhos te procuram,
O meu corpo te deseja,
E o meu coração está vazio...
Chora sozinho, encolhidinho...
Sente falta dos teus carinhos...
Sente falta dos teus sorrisos...
Mas eu...não te amo mais !
Melhor apagar esses versos confusos
Você pode não entender,
Que tudo o que eu quis dizer
É que não amo mais você!
Rosane Oliveira
Porque te espero, se já não te amo?
Sinto apenas ainda,
O seu gosto em minha boca,
O seu cheiro em minha pele,
E ouço sua voz a dizer-me ...linda!
Mas não te amo mais!
Sinto apenas uma dor,
Que parece ser saudade,
Sinto um sabor pela metade,
Um sorriso sem calor...
Mas acabou o meu amor!
Minhas pernas ainda tremem
Quando o telefone toca...
Teus sorrisos ainda poluem meus sonhos,
E não sei mais fazer amor...
Mas não te amo mais!
Apenas os meus olhos te procuram,
O meu corpo te deseja,
E o meu coração está vazio...
Chora sozinho, encolhidinho...
Sente falta dos teus carinhos...
Sente falta dos teus sorrisos...
Mas eu...não te amo mais !
Melhor apagar esses versos confusos
Você pode não entender,
Que tudo o que eu quis dizer
É que não amo mais você!
Rosane Oliveira
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